quinta-feira, 13 de novembro de 2008

RETA FINAL

Hoje, após duas semanas sem poder comparecer ao curso, voltei. Cheguei um pouco atrasada, mas pude conferir a leitura compartilhada, que foi um livro infantil sobre a vida de Leonardo da Vinci. Cheguei bem no momento catarse, e, claro, participei dele. Nós realmente precisamos disso. Falamos sobre o despreparo de muitos estagiários e estagiárias que recebemos, os(as) quais, muitas vezes, não sabem sequer fazedr um plano de aula. Para onde vai a educação? Após o intervalo, analisamos a música E.C.T. e vimos a polifonia existente nela. Algo que precisamos abordar em nossas aulas, é fundamental para uma boa interpretação de texto. Bem, o curso está acabando, assim como o ano. Com certeza sentiremos saudades. Um abraço a todas.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

AULA DO DIA 09/10

Dia 09/10 fiquei responsável por apresentar o diário de bordo. Foi a segunda vez que eu escrevi nele. Em seguida, a Vanessa e a Lucilene apresentaram uma atividade desenvolvida com os alunos delas. Usaram, como sugestão de um dos fascículos do curso, atividade com histórias em quadrinhos. Elas retiraram os balões e propuseram às crianças que, após fazerem a leitura das imagens, criassem suas histórias. O resultado foi muito interessante. Na segunda parte da aula, as tutoras nos mostraram várias imagens com outras ocultas para que descobríssemos onde estavam. É uma atividade que desenvolve a oralidade e a percepção visual.

LITERATURA EM CENA

Dia 21/10 comemoramos o nosso dia. Fizemos um delicioso café da manhã seguido por um amigo oculto de CD e filme. Fiquei responsável por levar a atividade desenvolvida com meus alunos. Na verdade, o que apresentei não é algo exclusivo meu, mas um projeto lindo da área de Códigos, Linguagens e suas Tecnologias, que existe já há oito anos em minha escola e chama-se Literatura em Cena. O projeto, esse ano, teve atividades diferentes para cada ano do ensino médio. Os meus alunos, de primeiro ano, trabalharam com crônicas. Dividimos a turma em grupos e distribuímos as crônicas. Na primeira fase eles transformaram-nas em histórias em quadrinhos. No bimestre seguinte, encenaram-nas e as melhores apresentações foram reapresentadas no auditório para outras turmas. Os segundos anos receberam contos, foram dois com temas relacionados. Caberia ao grupo do roteiro escrever um roteiro a partir das histórias dos contos. A turma foi dividida em grupos responsáveis por algo da peça: figurino, cenário, divulgação etc. Numa proposta interdisciplinar, antes de começarem os preparativos para apresentação, os textos deveriam ser explorados, em sala, em seus vários aspectos: histórico, social, filosófico, lingüísstico e artístico. Em uma data específica, a turma apresentou a peça e outras assistiram no auditório. Posteriormente, fizemos a brincadeira do Oscar no pátio da escola, com direito a indicação e premiação, é uma festa só. Quanto ao terceiro ano, fizeram o mesmo que o segundo, só que com romances, para se ter uma idéia do nível do trabalho, uma turma criou um roteiro a partir das obras "A metamorfose" de Kafka e "A paixão segundo G.H." de Clarice Lispector.
Após esse momento, as tutoras apresentaram um vídeo muito interessante sobre o processo da escrita. Antes, contudo, nós fizemos um ditado muito curioso com palavras que não existem, a partir daí vimos o vídeo e discutimos questões apresentadas nele.

sábado, 11 de outubro de 2008

PESQUISA LINGÜÍSTICA

Na aula do dia 02/10 tive a oportunidade de ler uma crônica de um ex-aluno meu, Matheus. Ele a escreveu ano passado, no segundo ano do ensino médio e me deu de presente. Ela se chama Feliz Aniversário. É tão tocante, madura, profunda. E foi escrita por um aluno de ensino médio. Ele é muito talentoso. A história é sobre seu avô, homem cheio de histórias, mas que, nesse aniversário, sofre com um câncer que lhe rouba as forças e a memória. Minhas colegas gostaram muito.
A Erli compartilhou conosco uma experiência de sala. Isso nos levou a uma ampla discussão sobre problemas que enfrentamos.
No segundo momento da aula, lemos um texto sobre pesquisa lingüística, tirado de uma obra do professor Marcos Bagno. Nos dividimos em grupos, lemos e depois apresentamos ao resto do grupo nossa parte.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

DESMUNDO

O filme Desmundo é um dos melhores filmes nacionais que vi. Ele dá uma aula de história e de lingüística, principalmente, além, é claro, de sociologia. Perdi a conta de quantas vezes o assisti, pois já o passei para meus alunos da faculdade e os do ensino médio. A discussão é proveitosíssima. Há questões de gênero, de religião, enfim, uma aula muito rica e gostosa. Não pensem que adolescentes não gostam, surpreendi-me com a resposta das turmas. Os atores são maravilhos, principalmente o Osmar Prado. É um filme que recomendo para todos que querem ver uma obra de arte. Para discutir a questão da variação lingüística, não tem melhor (variação diacrônica). Para mostrar a variação regional, indico Eu, Tu, Eles (variação do Nordeste) e O quatrilho (variação do Sul).

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

LIVRO DIDÁTICO

Dia 28 analisamos alguns livros didáticos. Fizemos três grupos e cada um ficou com um livro. Havia um livro de sexta série, um de oitava e o nosso de ensino médio. O livro que avaliamos foi levado por mim. Ele é volume único da Editora do Brasil. Seus autores são Harry Vieira Lopes, Jeosafá Fernandes Gonçalves, Simone Gonçalves da Silva e Zuleika de Felice Murrie. Gosto muito desse livro. Ele é diferente de tudo que já vi. Não há nele a divisão tão comum nos demais: gramática, literatura e redação. Ele é dividido por temas, os quais são abordados em profundidade. Por exemplo, há um capítulo intitulado QUEBRE A PERNA, VAMOS AO TEATRO, nele os autores apresentam a história do teatro e sua evolução ao longo dos séculos, sua função social, autores no mundo e no Brasil, tanto contemporâneos como antigos. Há uma gama de gêneros textuais que vai dos mais explorados nos livros didáticos como crônicas, contos, novelas e romances como os pouco estudados como leis, projetos de pesquisa e outros. A intertextualidade está presente todo o tempo, a construção da obra propicia isso. A gramática é totalmente contextualizada. Por exemplo, o capítulo dedicado ao estudo da carta traz o uso dos pronomes de tratamento. No final de cada capítulo, há sugestões de obras e músicas relacionadas ao tema. O livro é bastante ilustrado, o que o torna atraente. Os exercícios são totalmente inovadores, levam à reflexão. O único pecado da obra é ser muito grande e pesado. Talvez se fosse dividido em duas ou três obras seria perfeito. Parabéns aos autores.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

AINDA SOBRE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Dia 14 de agosto a discussão sobre tipos de textos e gêneros discursivos continuou. A leitura compartilhada foi feita pela Luzia (na verdade ela leu, uma colega cursista quem levou o texto).
O texto é muito curioso, a pessoa que o criou usou as palavras relacionadas ao ensino da língua portuguesa, como mesóclise, artigo definido, superlativo etc para compor uma narrativa cheia de duplos sentidos. Contudo, achei muito picante. Nesse dia trocamos mais experiências relacionadas ao uso de gêneros discursivos variados e retomamos esses conceitos, pois havia ainda alguma confusão. O módulo nos auxiliou juntamente com as explicações das tutoras.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Gênero discursivo ou tipologia textual?


Hoje a aula foi muito boa. Quando cheguei, a Tamar estava lendo o livro Mania de explicação da escritora Adriana Falção. A obra apresenta conceitos simples como amizade, raiva, paciência, de uma forma criativa e poética. Discutimos um texto que fala sobre gêneros discursivos e tipos textuais de autoria do professor Marcuschi. Esses conceitos são muito importantes para nós, que lidamos com a língua. Contudo, ainda tínhamos dúvidas sobre a diferença entre eles. A discussão foi rica e penso que esclarecedora. Os tipos de textos são limitados: narração, descrição, argumentação, exposição e injunção. Já os gêneros discursivos são variadíssimos e, embora estáveis, sofrem mudanças históricas e culturais. Poderíamos citar, como exemplo de gênero discursivo, o email, a carta pessoal, a entrevista de emprego, a crônica etc. Embora seja impossível trabalhar todos os gêneros discursivos em sala, acredito ser de fundamental importância dar, aos nossos alunos e alunas, uma visão mais ampla dos textos existentes.

Heranças literárias


Foi muito bom participar da entrevista (posso chamar assim?) dos escritores Léo Cunha e Maria Antonieta Cunha. A fala inicial foi dela. Ela contou experiências interessantes de sua infância e o contato com a leitura. Contudo, gostei ainda mais da fala de seu filho. Ele falou sobre a relação de seu avô com a obra Grande Sertão: Veredas e de como ele escondeu o livro para que não fosse enterrado com o avô (Léo Cunha queria de recordação). Ele também leu um fragmento super interessante de sua obra Pela estrada a fora. O centro de Convenções estava cheio. Foi um momento mágico. Ah, esqueci de falar sobre a abertura, uma dança contemporânea, simplesmente demais!

domingo, 3 de agosto de 2008

O papel da Fonética e da Fonologia no estudo da ortografia

Recebi um convite carinhoso da Tamar e da Luzia para compartilhar com minhas colegas algumas informações sobre como a Fonética e a Fonologia podem auxiliar o(a) professor(a) com as questões ortográficas. Usei três ou quatro fontes de pesquisa, mas a principal delas foi a obra "Guia teórico do alfabetizador" da professora Miriam Lemle. É um livro muito útil para todos(as) que lidam com a língua, tanto alfabetizadores(as) como professores(as) de português. Foi uma experiência muito boa. Muitas colegas já o conheciam e trocamos experiências. Agradeço a recepção carinhosa e a oportunidade que todas me deram. Um grande abraço, meninas.

Variação e linguagem

O próximo módulo estudado foi VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA do professor Marcos Bagno. Fiquei muito animada, pois já conhecia várias obras dele, como 'A língua de Eulália', 'A norma oculta', 'Português ou Brasileiro' 'Preconceito lingüístico' e outros. Sempre que se discute a questão da variação, há uma certa polêmica. Em nossa turma não foi diferente. No início, achei que o tema era conhecido e aceito por todos (santa ingenuidade!), por conta disso, faltou-me mais sensibilidade ao expor meu ponto de vista. A gente está sempre aprendendo. As pessoas têm visões diferentes e precisamos respeitar. Mas o debate é sempre enriquecedor.
Quando estávamos ainda nesse tema, a Tamar e a Luzia deram-me a oportunidade da leitura compartilhada. Puxa, não havia momento melhor para eu levar o texto "Nóis mudemo". Já o li várias vezes e sempre me dá um nó na garganta. A história é belíssima. A conheci por meio de uma aluna da faculdade. De lá para cá, sempre que tenho oportunidade apresento para as pessoas. Ele nos leva a refletir sobre nosso real papel como educadores e educadoras. É uma pena que muitos ainda pensam que a Lingüística não valoriza a gramática tradicional. Precisamos ler mais para conhecer melhor o que essa ciência tem a dizer sobre a língua e seu ensino. Sugiro algumas obras que, com certeza, nos ajudarão: "A relevância social da lingüística","O português são dois", "Para entender a lingüística" "Estrangeirismos, guerras em torno da língua", "A sociolingüística na sala de aula", as obras do professor Bagno citadas acima e tantas outras que nos darão uma real dimensão da língua portuguesa. Precisamos ler mais, nos atualizar tanto no que diz respeito à gramática como no que tange ao estudo científico da linguagem.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Curso Alfabetização e Linguagem

Uma amiga me convidou a fazer o curso Alfabetização e Linguagem oferecido pelo CFORM (Centro de Formação Continuada de Professores). Embora seja voltado para professores e professoras do 3º e 4º ciclos, achei que seria interessante participar, pois estamos em constante aprendizado. Além do mais, gostaria de contribuir com minha experiência (caindo no lugar comum, a vida é uma constante troca). As discussões tem sido produtivas. Ás vezes, nos empolgamos, contando nossas experiências de sala, e atrasamos um pouco a teoria, faz parte.
Nossas aulas se iniciam com uma interessante dinâmica, que tem como propósito nos integrar e nos apresentar possibilidades de trabalho em sala. Há, também, o texto lido na abertura da aula, cada um/uma de nós fica responsável por escolher algo interessante e apresentá-lo aos/às colegas. Além disso, há o diário de bordo que é levado para casa por alguém da turma, que irá registrar suas impressões sobre o curso e sobre a aula anterior e deverá ler na aula seguinte.Em nossas primeiras aulas, discutimos o conceito super atual de LETRAMENTO e a diferença entre alfabetização e letramento. Em seguida, debatemos o fascículo 1 - texto, linguagem e interação - escrito pela professora Maria Luiza Coroa da Universidade de Brasília. Um dos pontos altos do texto foi os três olhares do professor-pesquisador sobre o texto de seu aluno.